sábado, 16 de outubro de 2010

Controlo de qualidade

Ultimamente não vejo televisão, é deprimente e causa-me náuseas.

Os programas de entretenimento já me diziam pouco, mas a repetição de Ídolos e o surgimento de uma aberração chamada Secret Story superou as minhas piores expectativas para os canais generalistas.

Recuso-me a contribuir para as audiências destes programas, faço questão de ser menos um a cooperar com a continuidade deste lixo cultural.

Há tempos ouvi um director de programas a falar sobre este assunto. A jornalistas perguntava-lhe, "o senhor concorda com os termos do programa X?", e o indivíduo respondia, "eu não tenho de concordar com nada, tenho de garantir resultados aos meus accionistas."

Sim meus amigos, o capitalismo puro e duro chegou à comunicação. Acréscimo de transparência e isenção? Onde? Quem são os accionistas? Quais são os seus interesses?

Passando para os noticiários: estou farto de ver discursos da tanga por parte de comentadores políticos. Explorando a guerrilha de politiquice, divagam minutos a fios sobre o sexo dos anjos, sem chegarem a conclusão nenhuma. O mais grave é o teor conformista de tudo o que dizem, como se a culpa da crise fosse do povinho e como se não existessem soluções de ruptura.

Queremos bons programas de televisão. Queremos boas análises à política e à sociedade portuguesa. Queremos políticos sérios e competentes.

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