quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A luta!

A vida está a ficar dura, a luta também vai ter de endurecer!

Foi ontem anunciado um saqueamento ao país, num comunicado feito por um governo travestido. De governantes apostados no investimento em grandes obras públicas e no Estado Social, passaram a promotores de uma carga fiscal e de um corte de apoios sociais nunca vistos. José Sócrates, o engenheiro que orquestrou toda esta obra, diz tratar-se de uma inevitabilidade e garante ter adiado a medida ao máximo. Ninguém explicou ao primeiro-ministro que os mercados não esperam por calendários políticos nem por resultados de sondagens.

A esquerda tem agora de se impôr, tem de apresentar um projecto claro e esclarecedor. Não podemos correr o risco de deixar escapar os rostos descontentes para uma corrente de direita irresponsável, xenófoba e racista.

As próximas semanas vão ser recheadas de manifestações de descontentamento, mas não custa nada agitar um pouco mais... E mais... E mais!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

"Brasil elege palhaço para o Congresso"


"O palhaço candidato foi a sensação da campanha, durante a qual publicou apontamentos de humor no YouTube que atraíram milhões de visitantes.


"Vote Tiririca, pior que está não fica" e "O que é um deputado federal faz? Realmente, não sei, mas vote em mim que eu conto" são dois dos slogans de campanha do palhaço Tiririca."


Isto preocupa-me!

Afinal não é só em Portugal que a credibilidade da classe política é afectada, parece que os nossos irmãos brasileiros também não confiam nos seus políticos.
Já varias vezes defendi a necessidade de credibilizar a classe política e sinceramente nos dias de hoje essa credibilização é mais do que importante, é vital.

O povo tem razões para estar descontente? SIM, tem mais do que razões.

Para mim ser político é colocar-se ao interesse da população, é sobrepor o interesse de Portugal aos interesses privados, é defender a nação até mais não ter força, e acima de tudo é ir contra as trocas de favores.

Muitos amigos meus dizem-me que o discurso é bom, mas quando lá chegar vai ser diferente, que irei ter várias pressões de ambos os lados ( se chegar a político), certamente vou ter mas certamente também saberei dizer não, saberei actuar conforme as minhas competências para poder evitar esta promiscuidade que diariamente assistimos e de certo modo até "aceitamos".

Naturalmente que o povo português agora está mais atento, pois a crise também já lhes chegou, porque sinceramente caso mantivessem uma vida desafogada, estavam-se a marimbar se o político do partido A ou D usava o carro do estado para uso particular ou não, ou se gastavam 7000€ euros em gasolina para o carro.

Porque digo isto?

Entre 36-41 por cento dos portugueses não votaram nas ultimas autárquicas, onde está o sonho de Abril?

Meus caros, está na hora de arregaçar mangas e de uma vez por todas colocar Portugal na rota do Mundo, não fomos nós que fomos à descoberta do Mundo? Fomos à descoberta do além.

Porque é que agora neste comboio que é a Europa ocupamos sempre a ultima carruagem?


Já agora, faz sempre bem tentar elucidar algumas pessoas




segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Manuel Pinho: o nova-iorquino que foi ministro português nas horas vagas!

A noite já dorme, um sono profundo, mas como hoje decidi armar-me em guardião da noite ainda ando para aqui às voltas a pensar no estado da nossa nação e em como algumas pessoas pura e simplesmente desprezam a sua nação.

O meu primeiro post (desde já agradeço a quem o ler, e os que o sucederão), será marcado pelo registo de um português, ou melhor, de um nova-iorquino que por mero acaso chegou um dia a ser ministro do governo português!

Um homem, que sendo licenciado e doutorado em economia,  foi responsável (no Ministério da Economia e Inovação) pela condução polítca de energia que levou Portugal a ser um dos líderes nas energias renováveis e um dos pioneiros na mobilidade eléctrica, tendo sido também autor da proposta que inspirou o Plano Tecnológico Europeu para a Energia. (formado em economia, levou-o a ser ministro da economia, mas ao que parece a sua especialidade eram mesmo as energias renováveis!!!)

E não é que chegou mesmo a Professor Convidado da Universidade de Columbia? Nesta universidade, Manuel Pinho começou este mês a leccionar uma cadeira de mestrado na área das energias renováveis (lá está, o nosso ex Ministro da Economia, formado única e exclusivamente em Economia, percebe mesmo é de energias renováveis!), tendo cerca de 80 alunos. Ainda assim, em entrevista à Lusa, Manuel Pinho disse que “Os alunos foram uma surpresa. Ainda há um mês, quando saí de Lisboa, pensava que ia ter mais ou menos dez alunos no mestrado."! Pergunto-me, porque razão seria a expectativa do nosso ex Ministro assim tão baixa? Ele até nem foi assim tão "mal-amado" em Portugal! (estou a ser sarcástico, só para esclarecer...)

Foi no dia 2 de Junho de 2009 que Manuel Pinho foi exonerado pelo Chefe de Governo (o nome todos sabem, não me obriguem a escrevê-lo, porque isso implicaria lê-lo, e não me viria nada a calhar uma insónia neste momento!!!), e pouco mais de um ano depois o nosso ex Ministro diz na mesma entrevista “Dou aulas quatro horas seguidas e, como já não sou nenhum menino, ao fim dessas quatro horas já me sinto um pouco cansado.", o que me leva a crer que durante os seus quase 5 anos de Ministério ele trabalharia, no máximo, 5 horas seguidas, pois como ele diz e bem, já não é nenhum menino! Obrigado Exmo Chefe de Governo que exonerou o Ministro Manuel Pinho, nós precisamos de homens à frente do nosso País e não de meninos! (será que não há nenhum chefe de qualquer coisa que possa exonerar o Chefe de Governo também????)

Contudo, diz  “Foi bom ter sido ministro, mas, honestamente, gosto muito de estar em Nova Iorque.". À conversa com o jornalista, no seu pequeno gabinete, mas com uma magnífica vista de oitavo andar para a zona norte de Manhattan, Pinho elogiou então a qualidade dos vinhos que é possível encontrar em Nova Iorque por menos de 20 dólares, a frugalidade dos hábitos dos norte-americanos e a existência de um clima de igualdade de tratamento social entre todos, algo que disse contrastar com os países do sul da Europa. (Sr Ex Ministro, sabia que os vinhos de Portugal são dos melhores do Mundo? Sabia que o povo português é do mais frugal que há no Mundo? Sabia que os EUA é dos Países do Mundo com maior taxa de discriminação social? Porque é que o dos outros é bom e o que é nosso é insuficiente? É feio rebaixar o próprio País Sr Professor Manuel Pinho! Do qual foi Ministro...)

Bom, não querendo "bater mais no ceguinho", e até porque a hora vai avançada, não posso deixar de chamar a atenção para um apontamento do jornalista da Lusa, onde este testemunhou que durante a entrevista, o Ex Ministro Manuel Pinho esteve sempre com um pequeno problema a perturbá-lo: alguém tinha posto o seu telemóvel pessoal no silêncio e não encontrava forma de sair desta opção para pôr um toque bem audível no aparelho, numa altura em que já contabilizava seis chamadas não atendidas.

Manuel Pinho, o Português licenciado e doutorado em Economia, foi Ministro da Economia e Inovação.

Manuel Pinho, o que "adora" estar a viver em Nova Iorque (onde tudo é melhor do que em Portugal!), Professor Convidado a leccionar em mestrado na área das energias renováveis, que não sabe colocar o telemóvel pessoal no silêncio.

Um economista especialista em energias renováveis, e um inovador especialista em telemóveis!

sábado, 25 de setembro de 2010

Manda o dinheiro

Estamos em crise.

O dinheiro não é tudo, mas a sociedade de mercado que tentam construiram desde as últimas décadas, bem como a crise económica dos últimos meses, são os grandes responsáveis por uma perigosa regressão civilizacional que estamos a viver.

Em França já se expulsam ciganos (não criminosos ciganos, apenas ciganos), nos Estados Unidos da América a liberdade religiosa é posta em causa pela simples intenção de construir uma mesquita na zona do Ground Zero (local do ataque às torres gémeas), na Suécia a extrema-direita acaba de ganhar assento parlamentar.

Faltam valores: liberdade, igualdade, direito à diferença, e tantos outros.

Há quem fale numa crise da educação, já não se criam mentes criativas e reivindicativas mas sim bons profissionais. O que é um bom profissional? É um trabalhador que desempenha as suas funções com grande eficácia e exigindo pouco em troca. Em nome da competitividade económica, os salários baixam e os despedimentos são agilizados. Neste ponto devia haver um peso para equilibrar a balança, uma força chamada sindicalismo e que tem sido inultimente manipulada por partidos da extrema-esquerda.

Para além de eliminar as mentes criativas e reivindicativas, esta nova sociedade de mercado não aceita humanistas. Eles que são os responsáveis por pensar e entender os outros, são também um travão a este poder económico completamente irresponsável e demagógico. O mercado de trabalho não aceita humanistas e se eles ainda abundam no desemprego, nas escolas começam a ser cada vez menos.

Os estados sociais criados pelos humanistas de esquerda são agora postos em causa. Ao mesmo tempo que na América e África se tenta copiar o modelo social europeu, por aqui alguém pretende destrui-lo. É insustentável, dizem eles. Se o problema é esse, a solução passa por arranjar uma nova forma de financiamento, não pela sua destruição.

As respostas para o que parece óbvio (segundo eles), estão afinal encobertas. Numa altura em que o povo já tem poucos instrumentos democráticos, só um grande momento de tensão social poderá alterar o estado das coisas. Pois então, que venha ele.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

11 de Setembro

Aproxima-se mais um 11 de Setembro, 9 anos passados desde o ataque terrorista aos Estados Únidos da América.
Foram décadas de imperialismo, abusos e estranhas formas de afirmarem os seus valores de liberdade. Naquela terça-feira, aquele povo percebeu o quanto era pequenino. A revolta pela imposição dos valores ocidentais em países islâmicos traduziu-se num tremendo acto malicioso, por parte de um grupo de terroristas.
Terrorismo, ameaça, vigança. Eis os ingredientes que George W. Bush soube utilizar para continuar a senda imperialista e completamente abusiva dos Direitos Humanos. (Interessante como o mesmo povo consegue eleger em dois sufrágios sucessivos, seres tão distantes como o Bush e Obama.)
De toda esta tragédia retiram-se várias conclusões: os impérios acabam sempre por cair, se o Romano demorou séculos, o Americano parece não aguentar nem cem anos; por muito positivo que seja o efeito da indústria do armamento na economia americana, não há dinheiro que compense a perda de vidas humanas; a via pacifista, tolerante e diplomática é a única forma de resolver o problema dos conflitos religiosos.
Defendo a saída de Portugal da NATO. Nem o fim do bloco comunista trouxe tarefas mais nobres a esta organiação. Querem guerra? Lutem contra a destruição do planeta.
A luta contra o terrorismo foi um fracasso e uma mentira. Portugal apoiou invasões de países como o Afeganistão e Iraque, participando posteriormente em missões nessas regiões. Durão Barroso deu a cara e mostrou ao mundo como Portugal apoiava a invasão do Iraque e os planos do Sr. Bush. E o que é que sabemos hoje: Armas de destruição maciça? Não havia. Violação dos Direitos Humanos? Persiste. Dominio de uma maioria religiosa sobre outra? Continua.

Só encontramos a paz se pensarmos nela como um ponto de partida, e não apenas como um ponto de chegada.